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HOME OFFICE E FILHOS: dá certo?

  • Foto do escritor: Virginia Motta
    Virginia Motta
  • 13 de jul. de 2023
  • 2 min de leitura

Passeando pelo LinkedIn, me deparo com a história de um pai passando perrengue com a filha durante uma reunião no home office e expressando sua felicidade do quanto foi compreendido pelos demais colegas: colocaram máscara de bichinhos, deixaram a bebê participar da reunião e tudo ocorreu tranquilamente.

Digo com propriedade: gerenciar filhos e home office é uma tarefa e tanto! Decidi trabalhar em casa no início do ano passado e desde lá foram vários perrengues nada chiques kkk

Já tive que pedir um zilhão de desculpas durante entrevistas com candidatos, reuniões internas, 1:1 e por ai vai. Meu filho é autista, então é tudo ao quadrado, desde as bagunças, choros, pedido de colo... esses dias me interrompeu no meio de uma reunião: _Mamãe, quelo cocô kkkkk. Ai que vontade de sair correndo, juro!!

Tenho histórias que rendem um livro sobre minha vida de mãe em home office, mas hoje vou mais para o lado da reflexão. Trabalhar em casa é um sonho de muita mãe/pai, porém devemos estar atentos à cultura e clima da empresa. Meu primeiro trabalho nesta modalidade nem cheguei a cogitar como meus colegas reagiriam ao ouvir um choro, uma mexida na câmera, ou um bom dia tia (esse era bem rotineiro hahah), já que eu o que eu mais queria era ter uma liberdade maior para observar e fechar o diagnóstico do meu filho.

Confesso que em muitos dias já pedi ajuda para alguém ficar com meu filho para que eu pudesse fechar alguma tarefa mais complexa, ter mais concentração ou simplesmente porque meu dia não estava tão favorável a ponto de eu conseguir combinar trabalho e vida pessoal. Cansa, estressa às vezes, dá muita vergonha em algumas situações, mas se você está em um time que é alinhado estrategicamente, dá valor às diferenças, é empático e unido, as coisas fluem com mais tranquilidade.

Com o tempo também vamos aprendendo os macetes de como lidar com as situações, gerenciar as tarefas, estipular prioridades, criar um ambiente de atividades perto do local de trabalho e assim fazemos nosso trabalho como ninguém, até mesmo porque a escolha foi feita por eles.

Nenhuma empresa está fadada a aceitar pais nessas condições, mas se pensar um pouquinho mais de maneira estratégica, vão observar que: são pessoas mais responsáveis e dedicadas, tem futuro definido (ou pelo menos tem o pé no chão), sabem o que querem, são mais empáticos e lidam muito bem com pressões.

Para as empresas em modelo home office, talvez tenha chegado a hora de rever questões como clima, cultura e inserir mais planejamento de como ter pais trabalhando em casa, performando e vivendo a realidade de suas casas sem ser um ‘problema’ ou motivo de vergonha.

A tendência já é certa: pessoas estão procurando empresas mais parceiras, que abracem suas realidades e não duvidem de suas capacidades. Ter colaboradores sem filhos está ficando mais raro e é hora de um repensar. Não iremos alinhar as expectativas em 100%, mas se chegarmos a um ponto ótimo é uma evolução e tanto. E seguimos por cá, mostrando para que viemos, vivendo os perrengues e trabalhando com propósito e garra.

No fim das contas os filhos saem mais amados que nós!

 
 
 

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