Maldito Headhunter
- Virginia Motta
- 17 de mai. de 2023
- 2 min de leitura

Se você acha que não tem ninguém abordando os seus colaboradores nas redes sociais, você está iludido. A atuação dos headhunters está cada vez mais forte e sem restrições. Eles estão ‘pegando as pessoas a laço’ e são pagos justamente para fazer este serviço.
Na área da tecnologia, onde esta prática é muito comum, conheço profissionais que utilizam princípios éticos nas abordagens e conheço outros que não possuem escrúpulo algum. O negócio é fechar a vaga e garantir o salário no fim do mês.
Mas como fazer para blindar os funcionários dos malditos headhunters? Não tem como, afinal, eles são abordados através das redes sociais e nenhuma empresa pode restringir o direito de liberdade das pessoas. Mas o que você pode fazer é proporcionar uma experiência significativa para os colaboradores, levando-os a pensar duas vezes antes de aceitar uma nova oferta de trabalho.
Mas como criar uma experiência significativa? A verdade é que as empresas estão com pacotes de salário e benefícios muito parecidos e a diferença é mínima quando consideramos somente estes aspectos. Então, como se diferenciar? Utilizando o famoso salário emocional. Calma que eu já vou explicar isso.
Engana-se quem pensa que salário emocional significa ter um colaborador 100% feliz, o dia todo. Isso é impossível! O salário emocional está diretamente ligado ao nível de satisfação das pessoas, quando ele considera estimulante estar naquela empresa, participar daquele projeto. Ouso mesmo dizer que o salário emocional tem uma certa relação com a paixão, afinal, quando estamos apaixonados, nos dedicamos de corpo e alma ao objeto da nossa paixão.
Reconhecimento da liderança e dos colegas de trabalho, feedback positivo dos clientes, momentos de descontração, flexibilidade de trabalho e gestão baseada em resultados, tudo isso junto, gera um senso de pertencimento, uma vontade de querer estar ali e de manter-se apaixonado com aquele propósito.
O que mais encontramos são artigos eletrônicos discutindo esse tema e confirmando que as novas gerações (Z e Millennials) querem muito mais do que um salário no final do mês e não se importam de mudar de emprego, quantas vezes for necessário, para atingir este objetivo. Propósito, flexibilidade, autonomia e qualidade de vida são palavras-chave de qualquer pessoa das novas gerações. E se engana quem pensa que a ‘turma’ mais antiga também não está mudando a sua maneira de pensar e ressignificar as suas atividades laborais.
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