Ter mulheres líderes é uma questão de negócios
- Virginia Motta
- 12 de mai. de 2023
- 2 min de leitura

O tema diversidade de gênero está cada vez mais presente nos happy hours das empresas, isso porque, finalmente, vários estudos e pesquisas estão se dedicando ao tema. Eu mesma não tive dúvidas quando fui escrever minha tese de mestrado e escolhi falar sobre a diversidade de gênero dentro das empresas mineiras de tecnologia.
Recentemente, a Forbes Brasil publicou uma matéria recheada de dados e informações sobre a liderança feminina e claro que a 2+ não deixaria essa oportunidade passar. Então, vamos lá:
Um estudo com 1,5 milhão de pessoas mostra que lideranças femininas superam seus colegas homens em todos níveis de gerenciamento e faixa etária.
Sinceramente, não acreditamos que as mulheres se tornaram mais competentes com o passar dos anos. Nossa opinião é que, nas últimas décadas, as mulheres estão tendo mais oportunidades para mostrar suas competências em gestão de negócios.
Em 2023, pela primeira vez na história, mulheres CEOs lideram cerca de 10% das empresas da Fortune 500.
Sabemos que ainda precisamos de mais mulheres em todos os níveis empresariais, mas tal resultado confirma que as ações afirmativas que alguns países e empresas adotaram nos últimos anos eram mais do que necessárias e estavam corretas: mulheres trazem excelentes resultados.
O relatório TheReady-Now Leaders da Ong Conference Board mostra que as organizações com pelo menos 30% de mulheres em cargos de liderança têm 12 vezes mais chances de estar entre as 20% melhores em desempenho financeiro.
Mesmo com estes dados, muitas empresas e conselhos administrativos ainda acham que as mulheres não estão preparadas para ocupar cargos de liderança e são consideradas como sexo frágil, ou seja, não estão prontas para enfrentar o mundo dos negócios (por favor, leiam mundo dos negócios composto por homens sexistas).
Uma pesquisa da organização Leadership Circle com base em análises de mais de 84 mil líderes e 1,5 milhão de avaliadores (incluindo chefe, chefe do chefe, colegas, subordinados diretos e outros), mostra que as lideranças femininas aparecem com mais eficácia do que seus colegas homens em todos os níveis de gerenciamento e faixas etárias.
Contra dados e fatos, não há argumentos. Estas pesquisas, cada vez mais abrangentes, só vêm confirmando o quanto a presença feminina é importante/crucial nas organizações. Não são as “feministas” que estão dizendo isso. Essa é a opinião de todos os grupos e pessoas. Não foram feitas distinções de sexo, raça, etnia, religião ou orientação sexual. Enfim, a percepção da eficácia das mulheres foi considerada por todos.
Sabemos que as mulheres ainda precisam conquistar muito mais espaço, mas ler estas pesquisas demonstra que o mundo do trabalho está numa direção sem volta. Quem não se adaptar e começar a adotar ações de diversidade e inclusão será ‘engolido’ pelo futuro do trabalho.
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