UM SENHOR ESTAGIÁRIO: O OLHAR PARA A REALIDADE
- Eliana Reis
- 28 de jun. de 2023
- 2 min de leitura

Quem nunca assistiu o filme agua com açúcar intitulado de Um Senhor Estagiário? Essa semana foi transmitido na Rede Globo, deixando sempre um gostinho de quero mais pelos ensinamentos.
Vamos trazê-lo para o olhar do "polvo" do RH?
Ben, o personagem interpretado por De Niro, nos mostra uma realidade atual bem nítida: a dificuldade de pessoas 50+ de se inserirem no mercado de trabalho. Um senhor, que já foi vice-presidente de uma grande empresa já encerrada há anos, voltar ao mercado como estagiário. Ótimo que abriram um "programa comunitário" para inserir pessoas mais velhas na empresa da nova geração (#ogrisalhoéonovocinza), mas notou tamanho despreparo desde o recrutamento até os primeiros dias de trabalho? Perguntas padrões sem o mínimo de adaptação, os novos colegas de trabalho com aquele olhar de julgamento com um Ben nada tecnológico e muito formal, e uma CEO centralizadora demais. Afinal, o que um senhor de 70 anos, de terno, celular sem internet e completamente metódico tinha para ensinar?
Do outro lado, temos Jules, interpretada por Hathaway, uma jovem empreendedora, que transformou um pequeno negócio em algo totalmente lucrativo. Jules era bastante centralizadora de tarefas e optava pelo microgerenciamento, o que tornava uma rotina, digamos, bem louca! Na vida pessoal, Jules era MÃE e bem julgada por outras mães por não ser tão presente na vida da filha e marido, mesmo que tentasse. É a chamada super mãe de hoje, que se não fosse empreendedora, passaria os mesmos julgamentos tentando vagas de emprego por ai ("com quem seu filho vai ficar mesmo?")
De um lado um senhor experiente, sábio, calmo e disposto a se adaptar no mundo atual e julgado por sua idade e atitudes 'cringe'. Do outro lado uma jovem determinada, tecnológica, moderna, "mãos de polvo", cheia de problemas, sem tempo para lidar com idosos e julgada pela sociedade por não ter tempo também para as atividades em familia.
O que os dois teriam a ensinar um para o outro e até mesmo para nós? TUDO!
É possível se reinventar em qualquer idade, é essencial encontrar um equilíbrio saudável entre nossas aspirações profissionais e nossos relacionamentos pessoais, e é super possível que pessoas de diferentes gerações possam aprender muito uma com a outra, pois idade não é um obstáculo para aprendizado mútuo.
E como trazemos isso para o ambiente de trabalho? Cultivando um ambiente respeitoso e colaborativo, sem subestimar as capacidades dos outros.
Esses dois personagens traduzem muito o que acontece na vida real no mercado de trabalho e trazem várias reflexões sobre vida, carreira e relacionamentos. É um filme inspirador que nos encoraja a valorizar a experiência, construir relacionamentos significativos e buscar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal!
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